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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

ONDE TUDO COMEÇOU



Para abrir 2012 com o pé direito, transcrevo abaixo minha primeira crônica, que concorreu ao prêmio Stanislaw Ponte Preta promovido pelo Bamerindus Seguros em 1991.



LEMBRANÇAS

Faz alguns anos, ainda era pequeno, apenas oito, mas já com alguma visão para perceber as coisas boas de serem sonhadas e vividas.

Lembro perfeitamente do homem pisando na lua pela primeira vez. Fascinante, aquela imagem está gravada até os dias de hoje. Televisão em preto e branco, o Repórter Esso narrando, grande momento, eterna nostalgia.

Mas uma lembrança, imediatamente após este fato, que mais marcou a minha infância, foi uma tarde chuvosa de domingo, inverno no sul do Brasil, e eu com meu primo com uma bandeira brasileira, que ainda guardo comigo, comemorando a conquista do nosso tri-campeonato mundial de futebol.

Minha paixão por este esporte começou naquele momento. Começou naquela época, em que tinha apenas oito anos e toda uma vida pela frente, para sentir, ter emoções, alegrias. Era o futebol que entrava em meu mundo para proporcionar-me tudo isso.

Foram momentos mágicos, de toques sutis e jogadas desenhadas por jogadores que eram artistas no tratamento com a bola. Época de Pelé, Gerson, Rivelino e de outros tantos, inigualáveis. Nem por não ter participado deste mundo abalou o meu fascínio de apreciador deste esporte – pois nunca passei de um jogador esforçado, sem posição definida dentro de campo.

Infelizmente, com a idade, os sonhos transformaram-se às vezes em total decepção, e o futebol-arte, minha paixão, foi perdendo seu encanto.
Vieram as Copas do Mundo de 1974 e 1978. Mais que a dura realidade do fim da era de Pelé, foi sentir que a minha alegria e emoção foram privadas de despertar, devido às derrotas de um futebol nada igual ao presenciado anteriormente que julgava imbatível.

Já com vinte anos, em 1982, aguardando o nascimento do meu primeiro filho, vislumbrei o futebol perdido no passado e, apesar da derrota, veio a esperança de, no futuro, sentir junto ao meu filho aquela emoção que me encantou doze anos antes.

Hoje, 1991, exatos vinte e um anos depois daquele sentimento mágico, minha única lembrança é o choro de uma criança de oito anos pela derrota do Brasil na última Copa do Mundo.

Enfim, espero ao lado de meu filho, num futuro próximo, poder ter a mesma vibração de vinte e um anos atrás, porque, apesar dos pesares, o futebol brasileiro mora em nossos corações e o tempo não pode transformá-lo em mais uma simples disputa.

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